COMPRE AQUI PELA NOSSA LOJA VIRTUAL

Ter um blog ameniza o estresse de mães de primeira viagem, diz estudo

28 junho 2012


Pesquisa mostra que, ao compartilhar experiências, a mulher se sente mais apoiada
 Shutterstock













Você acabou de ganhar seu primeiro filho e anda um “tanto” irritada? Faça um blog! A recomendação é de estudiosos norte-americanos. Eles garantem que escrever e compartilhar suas preocupações e experiências no início da maternidade faz um bem danado! 

Uma pesquisa da Penn State University, publicada no site do Jornal da Saúde Materna e Infantil, do Reino Unido, mostra que, quando as mães de primeira viagem se conectam com outras pela internet, elas conseguem reduzir a ansiedade e aumentar o bem-estar. 

“Parece que fazer um blog ajuda essas mulheres nas mudanças trazidas pela maternidade porque elas se sentem mais ligadas às suas famílias e aos amigos”, disse Brandon McDaniel, coordenador da pesquisa realizada com 157 novas mães com filhos de até 18 meses, ao jornal britânico Daily Mail

Para a psicóloga Andreia Calçada (RJ), a fase inicial da maternidade é muito angustiante, já que a mulher passa por uma grande alteração hormonal, vive mais isolada, já que fica longe do trabalho para cuidar do bebê nos primeiros meses, e tem a sua rotina completamente alterada. E é aí que entram os benefícios do blog.
“Perceber que você não é a única a passar por isso e que outras mães passam pela mesma coisa é importante neste momento. Qualquer atividade em grupo, ainda que virtual, é boa”, diz Andreia. Além disso, a mulher tem uma necessidade maior do que o homem de dividir suas experiências, o que aumenta a sensação de bem-estar ao compartilhar suas novas questões.

Com a gravidez chegando perto dos 9 meses, a jornalista Carol Baggio, que mora em São Paulo, resolveu usar a internet para manter as avós da filha Nina, hoje com 1 ano e 10 meses, atualizadas sobre a neta. Morando longe, o blog seria um meio de elas acompanharem o crescimento da menina. 

Mas, depois que Nina nasceu, o espaço tomou outro rumo e Carol começou a falar de assuntos da maternidade em geral – amamentação, parto, relação de filhos e pais, alimentação, educação e cidadania. O nome do blog, Nina Ensina, reflete exatamente o objetivo da jornalista ao trocar experiências com outras mães: aprender. 

Como Carol participa de um grupo de mulheres blogueiras na internet, o mundo virtual e as peripécias de Nina são cada vez mais acessados. E o retorno, por meio dos comentários de cada post, é prazeroso. “Eu gosto porque vejo muitas vezes mulheres na mesma situação, e aí a gente acaba aprendendo junto. Acho que os blogs maternos têm isso, eles fazem com que as blogueiras e leitoras se identifiquem com os momentos das outras e cresçam como mães”, diz.
Respeitar os próprios limites e tomar consciência de que não existe fórmula pronta para lidar com os filhos foi um dos aprendizados de Carol ao dividir a maternidade na internet. “Lendo outros blogs e escrevendo, aprendi que cada bebê tem um ritmo, cada mãe, uma história, cada casa, uma dinâmica.”

Cuidados
Apesar dos benefícios ao compartilhar suas preocupações na rede, é preciso ter cautela ao se expor. Nada de fazer do seu blog um diário virtual, contando tudo o que passa na sua vida. Exibir situações de desentendimento com o parceiro, por exemplo, nem pensar! “É melhor deixar alguns assuntos para serem resolvidos na vida real. Assim evita-se intervenções e comentários desconfortáveis que você não vai querer ler”, avisa Andreia.
Preocupada com a fimose dos filhos gêmeos, Joaquim e Pedro, 3 anos, a psicóloga Camila Colla, do blog Mamãe Tá Ocupada, resolveu pedir ajuda na internet. O que ela descobriu, ao compartilhar sua angústia na rede, foi que o assunto também era comum para outras mães e recebeu muitos conselhos por meio dos comentários.

Apesar de ter sido “socorrida” pela rede, Camila prefere não compartilhar os assuntos mais delicados. “Às vezes aparecem alguns comentários grosseiros e, quando estamos fragilizadas, isso pode realmente magoar”, diz. “Prefiro guardar as maiores dificuldades para mim”, completa.  
Tão perto, tão longe
OK. A internet é importante porque facilita o reencontro de amigos e até promove um vínculo, mas nada substitui o encontro real com os amigos e a conversa cara a cara.
“Pela rede, você pode estar de pijama, sentada no sofá. Pessoalmente, você tem de se arrumar e até mesmo mudar de postura, o que faz uma grande diferença para a autoestima”, diz a psicóloga especialista em família Ana Lúcia Castello, do Hospital Infantil Sabará (SP). 

0 comentários:

Postar um comentário

Agradecemos sua visita em nosso blog.