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Mitos e verdades do parto normal: especialistas tiram dúvidas

02 maio 2013


Parto normal exige menor tempo de recuperação


Parto normal dói muito? Se o cordão umbilical ficar enrolado no pescoço do bebê preciso fazer cesariana? Essas e outras dúvidas com relação ao parto povoam a mente de mulheres grávidas – ou que pretendem ter filhos. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que apenas 15% dos nascimentos sejam cirúrgicos. No entanto, a taxa nacional chega a 40%. 

“Medo da dor, receio de não encontrar o médico na hora necessária ou sair durante a madrugada para a maternidade são alguns dos motivos que levam as mulheres a temer o parto normal”, diz Cássio Sartorio, ginecologista e obstetra do Centro de Fertilidade da Rede D’Or

Para o ginecologista e obstetra Renato Sá, chefe de ginecologia da maternidade Perinatal Barra, “o mais importante é que o parto seja feito com o máximo de segurança para o bebê e a mãe”. A seguir, os especialistas tiram dúvidas frequentes sobre o parto natural. 




Parto normal dói mais do que cesárea
Mito, com restrições. “A dor existe nas duas situações, mas em momentos e por períodos diferentes. O pós-parto de uma cesariana é bem mais doloroso. Trata-se de uma cirurgia grande, onde são cortados nervos e diversos níveis de tecido. Os fios da sutura podem levar até seis ou sete meses para total absorção, levando a mulher a sentir fisgadas e formigamento na região”, diz Cássio Sartorio. Renato Sá lembra que a população de mulheres urbanas tem mais dificuldade para lidar com sensações dolorosas. “Hoje existem técnicas farmacológicas ou não para aliviar a dor. O simples fato de ter um acompanhante no momento do parto já traz mais conforto para a mulher”, completa.


O corte no períneo, para facilitar a passagem do bebê, não é obrigatório
Verdade. “Chamado de episiotomia, este corte só é feito quando há indicação específica, já que a recuperação de mulheres submetidas a este processo tende a ser mais dolorosa”, diz Renato.


O parto normal alarga o canal vaginal
Mito. “A vagina é um órgão elástico, preparado para o parto. Mulheres saudáveis e ativas, que seguem alimentação balanceada, com ingestão de proteínas, não precisam se preocupar”, diz Cássio.


Se o cordão estiver em volta do pescoço do bebê, não poderei ter um parto normal
Mito, com restrições. De acordo com Renato, “essa constatação existe há apenas 40 anos, quando surgiu a ultrassonografia. Antes disso, não havia como saber. A verdade é que a taxa de mortalidade intraparto não diminuiu por causa deste diagnóstico. Além disso, existe uma ‘geleia’ espiralada em volta do cordão que dificulta a asfixia. Ou seja, a própria natureza criou artifícios para que o bebê não se enforcasse”. Cassio diz que “quando o cordão dá apenas uma volta no pescoço não há indicação obrigatória para cesárea. Se durante o trabalho de parto for avaliado que são muitas voltas e houver desaceleração dos os batimentos do bebê, levando ao que chamamos de sofrimento fetal, o procedimento cirúrgico pode ser a melhor opção”.  


Mulheres com quadris estreitos não poderão ter parto normal
Mito. “Geralmente, o bebê se adapta aos diâmetros da bacia. Mas somente o obstetra, através de exame específico, poderá avaliar a situação”, ressalta Renato.


O retorno às atividades é mais rápido em mulheres submetidas ao parto normal
Verdade. Segundo Renato, “quanto menor a lesão dos tecidos, mais rápida é a recuperação. Na cesariana há corte de enervação, o que torna a recuperação mais lenta e dolorosa. Em mulheres que tiveram parto normal, o retorno às atividades normais costuma acontecer após 45 dias”.

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