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Eu conheço você? Seu bebê conhece você desde que nasce...

03 julho 2012


O seu filho prefere o colo da mãe? Para de chorar ao ouvir sua voz? Adora suas massagens? A ciência comprova, enfim, o que a gente já desconfiava: o bebê sabe, sim, quem é a mãe dele desde os primeiros dias de vida. E esse vínculo começa a nascer por meio dos cinco sentidos
Jamie Grill/Getty Images
















Quando meu filho nasceu, parou de chorar no instante em que a enfermeira o colocou em meus braços e eu falei com ele”, relembra a revisora de texto Raquel Diniz, 25 anos, mãe de Miguel, 7, e Letícia, 4. “Acho que ele sabia quem eu era.” Anos depois, para confirmar a suspeita de Raquel, o mesmo aconteceu no parto da filha Letícia. Já ouviu ou até viveu algo parecido antes? Cada vez mais estudos científicos mostram que, de fato, o seu filho sabe, ou melhor, sente, quem é você desde cedo. Como? Por meio dos cinco sentidos, pois é assim que o ser humano descobre o mundo e passa a ter a consciência de si mesmo e daqueles que são importantes para a sua sobrevivência (no caso, você, mãe!).
“O bebê não compreende, mas sente prazer ou desprazer”, explica Harumi Kaihami, psicóloga do Ambulatório de Pediatria Social do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. E assim como os filhos de Raquel, uma das primeiras formas que encontram para se conectar com a mãe é por meio da audição. Uma pesquisa, realizada pela Cardiff University’s School of Psychology, em Londres, no início do ano, demonstrou que recém-nascidos são capazes de entender o que as mães dizem apenas pelo tom da voz, independente do idioma utilizado por elas. Para chegar a esse resultado, os cientistas registraram a fala das mães para algumas expressões em inglês, língua materna das crianças, e em grego. Mas, apesar da diferença na pronúncia das palavras, ao ouvir as gravações, os bebês apresentaram as mesmas reações em ambos os idiomas. Ou seja, o tom de voz carrega informações que são decodificadas pelo bebê. Quando você conversa, seu filho processa a informação e ativa áreas específicas do cérebro ligadas à emoção e à memória.
Segundo Kaihami, isso ocorre porque, desde a gestação, seu bebê vem se acostumando com você – e isso começa pela voz. Veja como esse vínculo se fortalece.
Audição
A audição é um dos sentidos que tem recebido bastante atenção dos cientistas. E é claro que a voz da mãe, como mostra outro experimento, é mais do que especial. Após o nascimento dos filhos gêmeos e prematuros, há cinco anos, o neurocientista americano Amir Lahav descobriu um jeito simples de evitar problemas respiratórios nos bebês: gravando a voz da mãe para eles ouvirem. Lahav procurou o chefe da Unidade de Terapia Intensiva do hospital onde os filhos que haviam nascido com apenas 500 gramas estavam internados, em Boston, nos Estados Unidos. Com a intenção de tranquilizar as crianças, conseguiu uma autorização para colocar perto delas uma gravação com a voz de sua esposa. E não é que funcionou?
Como a recuperação surpreendente dos bebês intrigou os enfermeiros, o neurocientista levou a experiência adiante. Construiu um estúdio de gravação no hospital e vem pesquisando, desde então, os benefícios da voz materna nas crianças prematuras. A explicação é que ela reduziria os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, nos bebês.
Mais pesquisas comprovam que o bebê é capaz de captar significados e sentimentos expressos nas palavras que escuta. Um estudo do Instituto de Psiquiatria do King’s College London, na Inglaterra, utilizou a ressonância magnética para registrar a resposta das funções cerebrais das crianças aos sons. A conclusão foi de que a região do cérebro responsável pela emoção fica intensamente ativa quando o bebê é colocado em contato com a voz humana, mesmo durante o sono.
Tato
Massagear o seu bebê faz mais do que protegê-lo contra cólicas, acredite. É por meio do toque que ele toma consciência dos limites do próprio corpo e da presença física da mãe. “Quando você toca seu filho, está transmitindo a mensagem de que ele não está sozinho no mundo”, explica a fisioterapeuta Fátima Aparecida Caromano, professora do Curso de Fisioterapia da Faculdade de Medicina da USP. O contato físico, portanto, é também social. “Ele significa estar com alguém”, completa a fisioterapeuta, que é autora de Como e Por Que Massagear o Bebê (Ed. Manole), baseado em uma série de pesquisas científicas sobre os benefícios e efeitos do contato pele a pele. A cada afago, beijo ou cafuné, o que ela define como "somatória de contatos", você e o seu filho se tornam, sim, mais próximos. "Aos poucos, o bebê passa a reconhecer a mãe pelas sensações de conforto e bem-estar que ela provoca." E é por isso que ele dificilmente “troca” o seu colo pelo de outras pessoas!
A importância do contato pele a pele pode ser dimensionada, ainda, com os resultados positivos do método mãe-canguru (terapia em que os bebês prematuros ficam em contato direto com um dos pais, sem roupa, com o objetivo de fortalecer a imunidade, entre outros benefícios). Um estudo realizado na Colombia, com 777 recém-nascidos que pesavam até dois quilos, demonstrou que as crianças submetidas à técnica apresentam maior ganho de peso, melhor desenvolvimento psicomotor e mais resistência a doenças e infecções do que aquelas que ficam em incubadoras sem ter contato intenso com as mães.

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